Na seara das políticas públicas locais, o diferencial entre discurso e governo está na rapidez com que uma promessa se transforma em programa. Foi justamente essa tradução que marcou o anúncio do novo programa de combate às drogas apresentado pelo prefeito Júnior de Irmã Têca (PSD), uma iniciativa que conjuga saúde, assistência social, educação, capacitação e segurança numa estratégia única para enfrentar um problema que corrói famílias e fragiliza comunidades.
O programa nasce da premência e da articulação: anunciado informalmente no fim de semana e operacionalizado em poucos dias, ele estabelece um fluxo objetivo para quem busca ajuda. A Prefeitura centraliza o acolhimento em um canal de triagem, o interessado ou o familiar pode ligar para o número disponibilizado (81) 9 9464-7253 e será encaminhado ao CREAS para avaliação inicial. A partir daí, há integração com a Secretaria de Saúde para exames rápidos, avaliação clínica e definição de encaminhamento terapêutico. Trata-se, portanto, de um percurso que começa no acolhimento e segue para a oferta concreta de tratamento.
Um dos elementos que confere maior robustez ao programa é a parceria com instituições de tratamento consolidadas.
A Prefeitura firmou cooperação voluntária com a Casa de Recuperação Projeto de Deus. O processo contempla, ainda, um plano de pós-tratamento: ao término da internação, os pacientes terão prioridade em ações de qualificação profissional coordenadas pela Secretaria de Juventudes e Capacitação, com vistas à reinserção no mercado de trabalho, inclusive com possibilidade de inserção em programas ocupacionais vinculados à própria administração municipal.
A iniciativa é multidimensional porque reconhece que o combate às drogas não se faz apenas com leitos ou repressão. Entram na equação a Educação, com ações preventivas dirigidas às escolas e à família , a Assistência Social com acompanhamento familiar e a Segurança Pública com monitoramento e acompanhamento social após a reinserção, para reduzir risco de recaída. Na prática, a Prefeitura oferece rota integrada: triagem, saúde, tratamento, capacitação e acompanhamento socioassistencial.
Politicamente, o movimento reforça o perfil do gestor que combina retórica e execução. Júnior de Irmã Têca não apenas colocou o tema em primeiro plano; articulou rapidamente parcerias e desenhou um fluxo operacional que, se bem executado, tende a reduzir o impacto das drogas nas camadas mais vulneráveis da cidade. A proposta reafirma também o papel do Estado local como agente coordenador de políticas intersetoriais, algo cada vez mais exigido por populações que esperam respostas práticas.
O caráter voluntário e a ênfase na transformação pessoal permeiam a retórica do programa: a recuperação depende da vontade do indivíduo, mas essa vontade precisa ser sustentada por uma rede de serviços estáveis. O município assume esse papel de sustentação, oferecendo a estrutura pública e as parcerias necessárias para que a opção pela vida livre da dependência seja viabilizada em termos concretos de tratamento, formação e oportunidade.
A expectativa do projeto é grande e legítima: reduzir significativamente os danos causados pelas drogas e abrir caminhos de reinserção. Resta agora à gestão demonstrar eficiência na execução, transparência nos resultados e continuidade nas ações preventivas.
Para a comunidade, a interlocução é simples: quem precisa de ajuda ou deseja informar sobre um caso pode acionar o canal municipal pelo número (81) 9 9464-7253 e ser orientado sobre os próximos passos.
A linha adotada aqui é clara: enfrentar o problema com tecnologia de gestão, parcerias qualificadas e um foco nítido na dignidade humana. Se concretizado com seriedade, o programa pode virar referência regional e, sobretudo, devolver vidas e perspectivas às famílias que mais precisam.