A corrida para Deputado Federal por Pernambuco conta com o registro de 461 inscrições de candidaturas, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2022. Esses nomes, porém, ainda serão julgados, podendo ter seu lugar no pleito deferido ou indeferido pelo tribunal. Apresentamos aqui uma análise dos principais favoritos a ocupar uma das 25 vagas destinadas ao estado na Câmara dos Deputados Federais por Pernambuco. Faremos uma comparação com os resultados de 2018 e os candidatos deste ano, quem entra na disputa, quem se mantém e quem está fora do jogo.
Na eleição de 2018, dos 25 Deputados Federais eleitos por Pernambuco, 14 foram reeleitos e 11 novatos. O PSB elegeu 5 deputados, enquanto PT, PRB, PP, PDT elegeram dois cada, os outros foram eleitos por 12 partidos diferentes. João Campos (PSB), hoje prefeito do Recife, foi eleito em sua primeira disputa como Deputado Federal o mais votado do estado com 460.387 votos, em segundo lugar ficou a, então candidata do PT, Marília Arraes, hoje candidata ao governo de Pernambuco pelo Solidariedade, com 193.108 votos.
Com a saída dos campeões de votos no último pleito, assumem o papel de favoritos os primos, Pedro Campos (PSB) herdará toda a base do irmão Prefeito da Capital, e Maria Arraes que tentará segurar os votos que a irmã obteve em 2018. Ainda ficam livres os votos de Sebastião Oliveira (AVANTE) que obteve quase 130 mil votos e será candidato a vice-governador na chapa com Marília Arraes, André de Paula (PSD) dono de quase 120 mil votos e será o candidato a Senador na mesma chapa, além do socialista Danilo Cabral que foi o nome escolhido para disputar o governo pelo PSB e tentar manter a hegemonia do partido no estado.
PSB – Além do favorito Pedro Campos (PSB), nomes importantes entram na disputa por uma vaga na câmara baixa, dentre eles o atual Deputado Estadual, Guilherme Uchoa Jr. (PSB), eleito com 71.898 votos, será candidato a Deputado Federal pelo partido socialista brasileiro. Eleito com mais de 36 mil votos, Eriberto Medeiros, atual presidente da Alepe, trocou o progressistas pelo partido socialista e disputará uma vaga na Câmara Federal. Para manter alguns partidos na frente popular o PSB distribuiu algumas bases com outros partidos governistas, como o PP e o Republicanos, que nacionalmente defendem projetos opostos ao do PSB, as bases de Danilo Cabral, então deputado federal, será redistribuída para garantir a eleição de parlamentares desses partidos, no entanto, o novo arranjo prejudica nomes como Tadeu Alencar detentor de mais de 53 mil votos e Gonzaga Patriota, 80.498 votos, apesar dos nomes vindouros, Felipe Carreras, continua como um dos favoritos a reeleição. A crise de hegemonia do PSB não será apenas para o cargo de governador, mas também para continuar sendo o partido a eleger o maior número de deputados.
PL – André Ferreira teve 175.834 votos e foi o terceiro mais votado no pleito anterior, tem o irmão, Anderson Ferreira (PL) como candidato a governador e conta com o apoio do atual presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), André continuará brigando pelas primeiras posições na disputa para sua reeleição. O partido tem ainda o ex-socialista Pastor Eurico que teve mais de 125 mil votos e provavelmente será reeleito e o atual deputado federal, Fernando Rodolfo.
UNIÃO BRASIL – Luciano Bivar candidato a reeleição que teve 117.943 votos em 2018, bagunçou a disputa interna, o partido havia desenhado a eleição do ex-ministro Mendonça Filho e Fernando Filho detentor de 92.188 votos em 2018, no entanto depois de Bivar desistir das eleições presidenciais e disputar novamente a vaga de deputado federal, o partido, que nasceu da junção do PSL com o DEM, reorganizou a disputa para ter cauda para eleger três deputados federais. Bivar é o presidente nacional do partido que tem o maior fundo eleitoral nessas eleições, e aqui no estado a coligação com o segundo maior tempo de TV.
PARTIDO PROGRESSISTA – Eduardo da Fonte, detentor de 113.640 votos no último pleito, conta com uma base forte, além das bases cedidas por Danilo Cabral à Eduardo da Fonte para lançar seu filho, Lula da Fonte (PP), como candidato a Deputado Federal, os dois disputarão uma vaga na Câmara do Deputados, com chance de sucessos mútuos. O partido deve garantir ainda a eleição de Fernando Monteiro, que apropriou-se de 82.071 votos em 2018, e uma outra vaga deve sair da disputa entre Clarissa Tércio e Michele Collins, líderes da Frente Evangélica.
REPUBLICANOS – Silvio Costa Filho, conquistou 109.185 e Bispo Ossésio, que teve 65.939 votos em 2018, construíram um partido forte, com a chegada de Augusto Coutinho (77.817 votos no pleito anterior) a conta é que o partido alcançará o quociente suficiente para garantir a reeleição dos três.
PSDB/CIDADANIA – Daniel Coelho (Cidadania) que obteve quase 100 mil votos em 2018 é o candidato com o maior número de prefeitos ao seu lado, apesar da vida não está fácil na federação PSDB/Cidadania, o candidato parece não ter dificuldades para garantir sua reeleição, vale lembrar que Daniel foi eleito o melhor Deputado Federal de Pernambuco pelo site independente Ranking dos Políticos, no entanto com a saída de Guilherme Coelho (PSDB) para a disputa ao Senado, dificilmente o PSDB terá um Deputado Federal por Pernambuco.
MDB – Nomes como Iza Arruda, Severino Ninho, Professor Sinésio e Tonynho Gel, deverão ajudar na reeleição de Raul Henry a Câmara dos Deputados, Henry que obteve 87.585 votos em 2018, deverá ampliar sua votação e conta com o apoio do Prefeito Yves Ribeiro da cidade do Paulista, um dos maiores colégios eleitorais do estado.
PDT – Wolney Queiroz 82.592 apesar de ter 7 mandatos pelo PDT, o partido corre sério risco de não fazer quociente eleitoral, deixando de fora aquele que é presença quase certa em todas as eleições. No entanto com a entrada da vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT), na disputa à câmara federal, aumentam as chances do partido alcançar o êxito da chapa proporcional e garantir palanque representativo para Ciro Gomes (PDT) no estado.
REDE/PSOL – Túlio Gadêlha, depois de 75.642 votos em 2018, Terá dificuldades, visto que não formou uma base sólida no estado, apesar de uma atuação bastante consistente nas redes sociais, e do apoio de peso de sua namorada global, Fátima Bernardes, Túlio não conseguiu construir uma boa base em torno do seu projeto, e está em um partido que rastejará para alcançar a votação necessária para eleger um deputado.
PODEMOS – Ricardo Teobaldo corre solto no PODEMOS para garantir a reeleição, o deputado apoia o candidato ao governador Miguel Coelho (UB) e tem apoios importantes como o do deputado estadual Romero Sales Filho (UB) e de sua mãe a Prefeita de Ipojuca Célia Sales.
PT/PCdoB/PV – O Partido dos Trabalhadores deverá utilizar todos os esforços para garantir a reeleição de Carlos Veras, com a saída da vice-campeã de votos na última eleição, Marília Arraes, e com um partido dividido no estado, a legenda deverá ter dificuldades para fazer ao menos um deputado federal, já que na Federação Partidária Brasil de Esperança têm nomes como Renildo Calheiros (PCdoB) e do atual deputado estadual que disputará a cadeira no parlamento nacional, Clodoaldo Magalhães (PV), brigando para se eleger nesta federação.
Para garantir uma das 25 vagas para a Câmara Federal no estado, estima-se que os partidos devem atingir um quociente partidário de aproximadamente 180 mil votos.
