Deputada Débora Almeida recorre à Justiça, contestando a filiação de Diogo ao PSDB e instalação da CPI na Alepe

A instalação da CPI da publicidade na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) virou palco de uma disputa jurídica. A deputada Débora Almeida (PSDB), contrariada pela escolha de Diogo Moraes (ex-PSB, agora no PSDB) para presidir a comissão, entrou com um mandado de segurança para anular a reunião de instalação.

Seu argumento central é a inconsistência dos registros: enquanto Diogo Moraes afirma ter se filiado ao PSDB, o Tribunal Superior Eleitoral ainda o lista como membro do PSB. Essa mudança de partido, estrategicamente realizada por Diogo Moraes – líder da bancada na Assembleia –, garantiu a maioria oposicionista na CPI, substituindo a própria Débora na presidência.

Débora Almeida argumenta que a convocação da reunião não respeitou o prazo regimental mínimo de dez dias, tendo sido feita em cima da hora, e que Diogo Moraes não preencheria os requisitos estatutários do PSDB para ocupar o cargo, por não ter a filiação há seis meses, prazo necessário para votar e ser votado.

A controvérsia não para por aí: a dança das cadeiras políticas na Alepe também envolveu outros deputados, com Waldemar Borges (ex-PSB, agora MDB) e Júnior Matuto (agora PRD) abandonando as fileiras do PSB. A decisão judicial sobre a validade da instalação da CPI e a presidência de Diogo Moraes promete ser decisiva para o rumo das investigações.

Foto: Roberta Guimarães

Kennedy Lima

Sobre Kennedy Lima

Jornalista - DRT 7523/PE, Especialista em Jornalismo Político. Os bastidores do poder, bastidores e análises sobre a política Pernambucana e Nacional

Ver todas as postagens de Kennedy Lima →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *