Em acirrada disputa pela liderança do MDB pernambucano, Jarbas Filho lançou duras críticas ao atual presidente, Raul Henry, acusando-o de mentiroso e leviano. Jarbas Filho rejeitou a versão de Henry sobre a cisão partidária, afirmando que a sua candidatura se deve à falta de democracia interna, e não a divergências entre os apoiadores de Raquel Lyra e João Campos para o governo do estado.
Segundo Jarbas, a gestão de Raul Henry é marcada pela falta de diálogo com a base, com decisões centralizadas em poucas mãos. Ele prometeu revitalizar o partido, promovendo maior participação dos filiados, formando chapas proporcionais robustas e buscando espaço em chapas majoritárias. Acusou Raul Henry de usar o cargo para benefício próprio, citando nomeações de aliados em troca de apoio político na eleição passada. A fragilidade da estrutura partidária, com apenas 19 diretórios municipais em um estado com 184 cidades, foi usada como prova da ineficiência da atual administração.
Jarbas refutou as acusações de interferência do governo estadual em sua campanha, contra-atacando com a alegação de que a interferência se origina da prefeitura do Recife e outras instâncias, citando a falta de imparcialidade de Henry por ser funcionário da prefeitura. A impossibilidade de realizar a convenção na sede do partido, devido à falta de licença do Corpo de Bombeiros e capacidade insuficiente do local, também foi tema de sua fala.
Por fim, em tom pessoal, Jarbas Filho classificou Raul de covarde por não se retratar publicamente sobre comentários considerados ofensivos a seu pai, o ex-senador Jarbas Vasconcelos, chamando a nota emitida por Henry de “ingrata, acovardada, mentirosa e falsa”.
