O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá nomear nesta sexta-feira, os novos ministros, dando fim a novela que marca a entrada do Centrão em seu governo. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, de O Globo, o deputado federal Sílvio Costa Filho, do Republicanos, assumirá o Ministério dos Portos e Aeroportos.
Após meses de especulações e incertezas, Lula se reuniu durante a semana com Arthur Lira para acertar os detalhes da mudança. Além de Silvinho, outras nomeações foram definidas: André Fufuca, do PP, assumirá o Ministério do Desenvolvimento Social. No entanto, há uma forte possibilidade de que a gestão do Bolsa Família seja transferida para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, da petista Esther Dweck.
Outra mudança significativa é a entrega da Caixa Econômica Federal ao PP. O banco será comandado pelo partido, desde a presidência até as vice-presidências. Essa medida é considerada pelos integrantes do Progressistas como equivalente a três ministérios.
Lula conversou com Alexandre Padilha e líderes dos partidos envolvidos para finalizar os ajustes. A expectativa é que os anúncios oficiais sejam feitos nesta sexta-feira, trazendo mais clareza sobre as mudanças ministeriais.
OBSTÁCULO
A nomeação do deputado federal Silvio Costa Filho, prestes a ser confirmado como ministro no governo de Lula, há um obstáculo a ser superado: ele terá que se licenciar do partido para assumir o cargo. O Republicanos pretende manter sua independência nas votações do Congresso. A nomeação de Silvinho é vista como uma tentativa de Lula de acalmar as tensões com lideranças de direita que se opõem à participação do partido no governo, mas os Republicanos querem colocar a nomeação de Sílvio Costa Filho na conta do presidente, já que Silvinho apoiou sua candidatura desde o início, mesmo contra o direcionamento do partido em apoiar Bolsonaro.
Além do Republicanos, o PP também está colocando obstáculos para a indicação de André Fufuca. O presidente do partido, Ciro Nogueira, afirmou que qualquer parlamentar que faça parte do governo Lula será afastado das decisões partidárias e que o PP não fará parte da base do presidente.
