O deputado federal Túlio Gadelha (Rede) tem se movimentado para barrar a candidatura de seu irmão, Ricardo Gadelha, a vereador do Recife. A decisão veio à tona após a direção municipal da Rede, controlada por Túlio, vetar o nome de Ricardo para as eleições de 2024.
A polêmica ganhou destaque na matéria do jornal independente Marco Zero Conteúdo, que questiona os motivos por trás dessa manobra. Segundo o jornal, expôs que aliados de Túlio afirmaram que a decisão estaria relacionada ao seu esforço em manter a coerência contra oligarquias políticas em Pernambuco, evitando a imagem de favorecimento familiar na política.
No entanto, Ricardo e outros membros do partido acreditam que a motivação é mais pessoal e autoritária, e que esse discurso não é coerente ao apoio do deputado à Governadora Raquel Lyra, filha do ex-governador João Lyra.
Ricardo Gadelha, médico especializado em Medicina da Família e da Comunidade, e ex-líder estudantil, acusa o irmão de práticas antidemocráticas e de impor sua vontade. Ele relembra que, em 2022, Túlio já havia barrado sua candidatura a deputado estadual, alegando que apenas ele, Túlio, poderia entrar na política dentro da família.
A decisão de vetar Ricardo foi justificada como “infidelidade partidária”, devido ao apoio dele e da pré-candidata a vice-prefeita, Alice Gabino, à deputada estadual Dani Portela (PSOL) para a chapa majoritária do Recife. Ricardo contesta essa justificativa, considerando-a absurda, já que ambos pertencem à mesma federação partidária.
A controvérsia agora depende da decisão da direção nacional da Rede, onde o grupo de Túlio é minoritário. Alice Gabino acredita que a candidatura de Ricardo será confirmada, contrariando a tentativa de veto imposta pelo irmão.